O sol desponta
O dourado sua cãs enegrece
E enquanto sua voz emudece
Vozes frias desfiam as contas.
É o prenúncio do dia
O clarão empobrece a Lua
E enquanto esta voz inda é sua
Uma outra, sem saber, desafina.
Ande agora pelas ondas do mar
Beije as estrelas com que tanto sonhou
Sem você a vida estancou
Como fogo que estanca sem ar.
Despeje nestes campos o que é sensivel
E deixe a todo instante de morrer
Porque não há ninguém para escrever
O que sente, e por você era dizível.
Ah! Quanta alma seu poema inda socorre
E enquanto vela branca é acendida
Tudo em volta é despedida:
Em cada mão um adeus morre.
Ah! Quanta festa sua canção embebeceu
E enquanto uma flor é desfolhada
Cada alma por lágrimas se ve molhada:
O poeta adormeceu.
Tia, que poema lindo! Por que vc parou de escrever?
ResponderExcluirbeijos!