segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SEM POESIA

Não sei se é uma benção de Deus quem teve um grande amor para viver.
Qualquer modo, nada se apaga, apenas é uma pena quando acaba.
Os amores se transformam, mudam de lugar e moradia,
mudam de hemisfério cerebral e serventia.
Mas na alma, pedra para sempre cravejada.
 
 
Não sou poeta, por suposição ou ironia, apenas junto as coisas do
coração em pedaços de papel.
Por desilução ou fantasia(talvez o tempo passando),
vão amarelando, se estocando, se perdendo, se rasgando.
Por vezes mofam, outros tantos se molham,
lágrimas da saudade ou suor do prazer, nada importa.
Alguns acabam comidos por traças.
Apenas escritos de amor, afetos, carinhos, e as coisas sem graça.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

AMOR INQUIETO

Amor inquieto, sempre intranquilo, não passas de um hino que vira canção
Amor sorrateiro, sempre brejeiro, não passas de um tempo em que era em vão
Amor soletrado, só vira pecado, se acaba sozinho e se torna um não.
Amor  tão gostoso, só passas  por  tolo,  se acaba no chão.

Estou ficando sem palavras hoje, como se depois de tanto, sobrasse tão pouco do nada.
A vida, tão intensa e cheia de curvas, perde a direção e momentaneamente se esborracha.
Minha cabeça dói como se fosse um parto  mal conduzido, destroçada quem sabe a fórceps, uma vez que não há outro jeito remediável.
Casei  e descasei,  pari a dor da solidão, que não me incomoda em momento algum, mas me faz crer na ilusão remota de uma paixão.
Ébria fico de tanto pensar, refletir, analisar.
Sua vida tem a ver com a minha, no real plural que este singular evita.
E só.